31 janeiro 2009

Escultura de homenagem a José Cavaco Vieira

Uma vida dedicada às artes
José Cavaco Vieira nasceu na freguesia de Alte, em 23 de Novembro de 1903. Aos 11 anos inicia a sua actividade profissional como empregado de escritório na firma de Isidoro Rodrigues Pontes, em Alte. Em 1921 parte para Lisboa onde se empregou na Sociedade Portuguesa Importadora e Exportadora, até 1930. Durante o tempo em que esteve na capital, José Vieira dedicou-se igualmente aos estudos: tirou o curso de Guarda Livros na Escola Magalhães Peixoto e frequentou a Universidade Livre onde aprendeu, entre vários assuntos, inglês e francês. Frequentou ainda a Academia de Amadores de Música, instalada nessa Universidade. Em 1936 volta definitivamente para a sua terra natal – Alte. Nesse mesmo ano entra como guarda livros na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Alte, ocupando alguns anos depois um dos lugares de Director, cargo que exerceu até atingir a reforma, por volta de 1980. Foi Presidente da Junta de Freguesia de Alte durante vários mandatos, função que desempenhou com extrema dedicação e zelo, procurando sempre resolver da melhor forma todos os problemas e necessidades que a freguesia carecia. Foi Juiz de Paz durante algum tempo. Em 1938 foi um dos fundadores do Rancho Folclórico de Alte, tendo sido seu presidente durante perto de cinquenta e quatro anos, ensinando as danças e cantares que na sua mocidade ouviu e dançou. Fez várias palestras e conferências sobre folclores e outros temas. Foi um dos fundadores da Casa do Povo de Alte, onde criou um Museu Etnográfico, um dos primeiros do Algarve que após a construção do novo edifício da Casa do Povo, foi transferido para a Igreja de S. Luís. Foi também um dos fundadores da Academia de Música Altense. Teve uma actividade cultura e cívica intensa, participando em diversos grupos teatrais, tocando instrumentos musicais, sendo de destacar a sua presença no Grupo de Música Popular Erva Doce, colaborando, assiduamente, nos órgãos de comunicação social local, com particular relevo no "Ecos da Serra" e a sua especial dedicação à pintura. José Cavaco Vieira viria a falecer em 2002.

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